sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O PERFIL DE UM MESTRE DE SABEDORIA

“Poucos de nós, exceto os que tenham alcançado a negação final, de Moksha, podem desligar-se da influência da nossa conexão terrena a ponto de não ser sensíveis, em diversos graus, aos prazeres, às emoções e aos interesses mais elevados, da humanidade comum. Até que a libertação final o reabsorva, o Ego tem de ser consciente das simpatias mais puras, despertadas pelos efeitos estéticos, da arte elevada, e sua sensibilidade deve responder ao chamado dos vínculos humanos mais nobres e santos. Naturalmente, à medida que ocorrer o progresso em direção à libertação, isto será mais difícil, até que, para coroar tudo, o conjunto dos sentimentos humanos e puramente individuais – laços de sangue, amizade, patriotismo e predileção racial – cederá seu lugar para um sentimento universal, o único que é verdadeiro e santo, o único altruísta e Eterno: amor, um amor imenso pela humanidade, como um todo, pois é a humanidade que é a grande Órfã, a única deserdada desta Terra, meu amigo. E cada homem capaz de um impulso altruísta tem o dever de fazer alguma coisa, mesmo que pouco, pelo bem estar dela. Pobre humanidade! Ela me recorda a velha fábula da guerra entre o corpo e seus membros; aqui também, cada membro desta enorme órfã, sem pai, nem mãe, só se preocupa egoisticamente consigo mesmo. O corpo abandonado sofre eternamente, quer os seus membros estejam em paz ou em guerra. Seu sofrimento e agonia nunca cessam, e quem a pode censurar, como fazem os filósofos materialistas, do Ocidente, se, nesse isolamento e nesse abandono, ela criou Deuses, aos quais, ela sempre brada por ajuda, mas não é escutada? Assim, já que o homem só pode ter esperança no homem, não deixarei que nenhum deles chore, se eu puder salvá-lo! Confesso, entretanto, que eu individualmente não estou isento de alguns apegos terrenos. Ainda me sinto ligado mais a alguns homens, do que a outros, e filantropia, como é pregada pelo nosso Grande Patrono, “o Salvador do Mundo, o Instrutor do Nirvana e da Lei”, nunca matou, em mim, as preferências individuais, de amizade, de amor para com o meu próximo, nem um ardente sentimento de patriotismo pelo país em que me materializei individualmente pela última vez.” (Mestre Koot Hoomi, em Cartas dos Mahatmas a A.P. Sinnet, Vol. I, carta nº 15). Créditos: Pesquisa publicada por Plotino Neoplatônico em Loja Teosófica Brasília em 01/09/2016.
https://m.facebook.com/photo.php?fbid=1191989430868171&id=100001713775597&set=o.1402673729951481

Nenhum comentário:

Postar um comentário